| Eu vejo, ao longe, um patamar constante de um sobrevivente
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| Que compreende, entende, sempre fez que lembre
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| Que o poder, é, nada mais é que ser notável
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| Pode crer que a justiça divina é inviolável
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| O compromisso é como o povo, é o X da questão
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| É o resgate do ladrão, a música do irmão
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| A recuperação lotada de reflexão, aí, jão
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| (Pode crer, Sabotage)
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| Rap é o som e tenho o dom da imaginação
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| Trilha Sonora e Facção, VPN
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| Rap nacional ponto com
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| Bem-vindo ao jogo, ao dicionário marcado
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| Também, é claro, um caçador de embalo
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| Que empapuçado do lixo que a fome forma com o vício
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| Que deixa exausto o confisco, segundo as leis de um livro
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| Total afinco, é
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| Não sou Dom Pedro, mas eu pinto
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| Pelo bem do rap, eu fico, embaço, critico
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| Fui chamado pro palco pelos parceiros, apoiado
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| Se há controvérsia, dispare, reage ou fique calado
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| Porque a cultura, aqui, é nossa
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| Mexeu com nóis, é roça
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| Rap é compromisso, é como o míssil que destroça
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| É Cosa Nostra, pra favela abrindo a porta
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| Só periferia que domina tal proposta
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| Saúde, mude, é ter poder,
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| viver com proceder
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| Esqueça, esse já fez, um dia eu fiz e vai fazer
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| Tipo Davi, Pudim, Coruja e Alex Di
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| Na humilde, o bom malandro sei que irá seguir
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| Deus primeiro, depois os guerreiros
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| Essa é nossa cara
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| Lu, Pesquila, Baianinho, Uraca
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| Protege a vida, a faca, o fio da navalha
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| No extremo, nunca treme
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| Lá, não deixa falha, não muda nada
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| É, tendo respeito na quebrada, fita dominada
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| Sempre em distância dos canalhas
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| Que, quanto mais se fala, pelo crack vende a alma
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| Pra quem secou, quem jogou praga
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| Ó, nós na ativa, outra vez
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| Com uma vantagem, porém:
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| Não provar nada a ninguém
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| Respeito é pra quem tem
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| Saiba você, também
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| KL Jay, talento é pra quem tem
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| Helião com rap do trem
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| Raekwon do Wu-Tang Clan
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| Todo rap que escreve fará livros, também
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| Todo talento tem vaidade, aprendi assim
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| A cultura é nossa, estrutura reforça
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| Rap é compromisso, como o míssil, destroça
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| É, na zona sul é assim, só os filhos da--
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| Rappin' Hood não se ilude
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| Tem que ter muita atitude
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| Essa é minha virtude
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| Sempre cordial e nunca rude
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| A zona sul é--
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| Os loucos
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| Respeitam sempre os outros
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| Não escondem o jogo
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| Vejo a função, então, discriminação é o cão
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| Ofensa, não
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| Aí, respeita, então
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| Quem é, respeita, só não tem crença
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| Só os filhos da--
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| Que não compensa
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| Mente Zulu enfrenta
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| Eu sei que é fodi-- o inimigo
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| Tô decidido a lutar contra essa--
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| É comigo, sim, não tô perdido
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| Sabotage, Potencial, RZO estão comigo, sim
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| Se existe uma barreira entre corações
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| Eu vou até o fim
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| Aumento, sim, o volume
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| É o rap, Heliópolis no rádio
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| Só som que é do ca--
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| Ah, vou dizer: é do caralho!
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| A bola rola da hora, ra-ta-ta, faz gol
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| Quem é favela, não ignora
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| Vejo o ladrão, só na união
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| Humilde, então, considera irmão
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| Assim que é, ladrão (é, pode crer, Rappin' Hood)
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| Atitude e união
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| Potencial, Sabota, Posse Mente
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| RZO é a razão (é nóis)
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| Do fundo do meu coração
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| Isso não é ilusão
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| Humilde sempre vou seguir
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| Sem querer ser The Master P
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| Aqui no Brooklin, o samba e o rap fazem bem, enfim
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| Cheque, mas não mate
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| Corra atrás, sei que é capaz
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| A minha nacionalidade enxerga longe a atividade
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| Brasil sempre pra frente, a banda podre é uma serpente
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| E, delinquentemente, prejudicando a nossa gente
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| Religiões que não são tudo
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| Eleições que tumultuam
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| A luz no fim do túnel é o futuro, eu não me iludo
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| O paparazzi faz de ti o alvo da ganância
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| Desencana, a fama que matou Diana
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| Rimando, estou, também low, nobre, vou
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| Se pintar, pinota a milhão, de beco, olé
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| Pode crer, filho do vento, tipo no rolé
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| Conhecido e tal, tipo profissional, Pelé
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| Sabotage, my nigga de verdade
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| Assim que é (assim que é, assim que é)
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| A cultura é nossa, estrutura reforça
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| Rap é compromisso, como o míssil, destroça |