| Existem fatos que acontecem por aí
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| E a gente até nem desconfia
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| Coisinhas da teosofia
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| Estava eu andando numa rua deserta
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| Sem população
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| Tipo das de televisão
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| De repente no céu vi um fulgor clarante
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| A resplandecer
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| Foi quando comecei a crer
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| Que estava sonhando
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| Que aquilo era um pesadelo
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| Nada estava se passando, perdão?
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| Então na minha frente apareceu
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| Uma coisa verde um tanto louca
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| Tinha três olhos, duas bocas
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| Disse assim para mim entrar
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| Na sua nave intergalática
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| Pra fazer uma turnê lunática
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| Me convenceu ao mostrar
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| Sua pistola de raio lazer
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| E apontando pro meu blazer
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| Reforçou o convite
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| Me mostrando um cavaquinho
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| Com pedal phase
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| Inovação de japonês
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| E ao chegar na lua
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| Recebeu-me o presidente
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| E sua comititiva
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| Falando sua língua nativa
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| Num entendi nada
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| Porque aqui na Terra não tem curso de lunês
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| É só alemão, francês, inglês
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| Tentei falar outros idiomas
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| Sânscrito, esperanto, bizantino
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| Latim, hebraico, nordestino
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| Me senti acoxambrado
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| Apelei pra mímica
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| Que é o idioma dos calados
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| Fiz todos os sinais que aprendi
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| Na longa estrada da minha vida (mamãe, mamãe, mamãe)
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| Lembrei da minha infância querida
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| Mas depois de improvisar um positivo
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| Aí que coisa ficou preta
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| Até o rei fez uma careta
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| É que na lua este sinal significa
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| Falta de hombridade, ih barbaridade
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| Fiquei apavorado ao ver
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| Naquelas verdes faces o ar de inimizade
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| Aí que eu briguei sem gravidade
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| Ponta-pé, soco no olho e cascudão
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| Tudo em câmera lenta
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| Tem pouca gente que agüenta
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| Saltei de banda, chamei um táxi
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| E com sorriso varonil
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| Se eu quero ir pro meu Brasil
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| Desci no Ipiranga, às margens plácidas
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| E como ainda era dia
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| Contei a história pra minha tia
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| Que mais do que correndo
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| E me achando louco
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| Me mandou pra delegacia
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| Qualé o ploblema com o cidadão aí ô meu?
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| Ô Denílson, leva o rapaz aqui pra conhecer a sala de
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| Massagem |