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Дата выпуска: 02.06.2003
Язык песни: Португальский
UTI |
É uma bomba-relógio onde pode explodir |
Sua sobrevivência, seu destino é aqui |
Não pude esperar mais um pouco |
Sem nada em casa, o bagulho é louco |
Vários mano, ahã, curtindo a quebrada |
Moleque dos novo pagando na área |
Dia de sol, camisa regata |
Suzuki das nova, Oakley na cara |
Peguei meu revólver, todo niquelado |
Entupido até os dente, completamente cromado |
Não pude fazer nada, minha correria |
Dentro de casa, panela vazia |
Fui pro assalto, me revoltei |
Primeiro patrão, eu enquadrei |
Com braço pra fora e ouro brilhando |
Um novo, tipo desacreditando |
Depois fui em cana, que decadência |
Infelizmente é assim, a lei da sobrevivência |
Atrás de um emprego, eu fui humilhado |
Como que é a gente vive com a fome do lado |
Caminho no mundo em busca da sorte |
Fui pra FEBEM, bati de frente com a morte |
O meu pão de cada foi 157 |
Concorda comigo, firmeza, Afro-X? |
Ontem eu era Criança Esperança |
Hoje o bandido sem confiança |
Me deram a miséria como herança |
O Brasil não investe nas suas crianças |
Eu, mano Bones, tô chegando na minha quebrada |
Tudo está tão diferente, não entendo nada |
Não sei se é as goma, não sei se é os cara |
Pode ser minha cabeça, que está mudada |
O sofrimento é constante |
Zona Sul, Joanisa é Grajaú |
Pra quem estava na FEBEM, nada bem |
Isso não é vida pra ninguém |
Vida do crime não compensa, não |
No futuro, é cadeia ou caixão |
É bom você saber com quem está andando |
O diabo vai te dominando num copo de conhaque |
Dentro do bar, você só quer saber de zoar |
Cola na viela, vários manos, miliano |
Você tirando, se achando |
Graças a Deus que eu, Bones, estou de boa |
Se não eu ia cobrar sua pessoa |
Quero seguir em frente, fazendo certo e o direito |
Chega de FEBEM |
Sistema, juiz, a minha cara é ser feliz |
Ontem eu era Criança Esperança |
Hoje o bandido sem confiança |
Me deram a miséria como herança |
O Brasil não investe nas suas crianças |
Na favela, é um, dois pra se envolver |
Assistia na TV e não podia ter |
Mó veneno ir pra escola de chinelo de dedo |
Ser criado sem pai e sem brinquedo |
Pra sobreviver aqui tem que correr |
Só não posso esperar pelo FHC |
Meus manos de infância se adiantando |
Braite, Mike e vários cano |
Tô no arrebento, vou ser respeitado |
Quero um Golf zerado pra tirar um barato |
Vou me levantar e ajudar minha família |
Chega de sofrer, eu sou correria |
Na primeira vez, na febre, enquadrei |
Estuda num mó ponto |
Ó, representei |
Fisionomia transformada, tremia, suava |
A adrenalina quase não controlava |
Tava tenso, mas firmão |
Deu tudo certo |
Meu ego dizia: o mundo é dos esperto |
Depois da cena, foi daquele jeito |
Plaquê de dólar e no conceito |
Lancei numa R1 e fui gastar no shopping |
Uma pá de recalcado quis o meu fim |
Me empolguei, ó, jão, ó, pensei que tava bom |
Maldito dinheiro, maldita ambição |
(Condeno o réu no regime fechado a 14 anos de reclusão |
Reclusão, reclusão, reclusão) |