| Nome: Durango
|
| Profissão: Office-boy
|
| Trabalhava que nem um
|
| Desgraçado a semana inteira
|
| No sábado, porém, estava duro
|
| Era sábado e ele ali, sozinho
|
| Sem nem um tostão
|
| Pensava naquela vedete morena
|
| Que tirava a roupa no Áurea Strip Show
|
| Pensava nela dançando (coquete!) discoteque
|
| Ele estava duro e resolveu ligar a TV, a TV
|
| A TV, a TV
|
| Ele viu uma chacrete linda
|
| Mascando chiclete, olhando pra ele
|
| Sorrindo, sorrindo
|
| Primeiro erro: ligar a TV
|
| Segundo erro: prestar atenção na imagem
|
| Que estava sendo transmitida
|
| Não podia ser! |
| Aquela era Perpétua
|
| Sua antiga namoradinha
|
| Mas ela era apenas… ela era apenas…
|
| Ela era caixa num supermercado
|
| Todo dia ela só, só apertava os botões
|
| E aquelas máquinas cantavam
|
| Mas agora ela é uma estrela famosa
|
| Se você quiser possuí-la novamente
|
| Você precisa arranjar muito dinheiro, Durango
|
| Como era mesmo aquele anúncio no jornal?
|
| Procura-se rapaz para testar um novo produto
|
| Paga-se bem
|
| Ele então saiu pra procurar
|
| Sozinho o tal endereço
|
| E deu numa casa escura, sombria
|
| Que até dava medo mas ele entrou
|
| Uma enfermeira bonita, gostosa
|
| Falou assim pra ele:
|
| «Venha aqui, querido
|
| Que eu vou te dar
|
| Uma injeção especial, você vai
|
| Flutuar»
|
| E ele flutuou. |
| Sim… flutuou pra longe
|
| Dali, envolvido numa sensação deliciosa
|
| Mas, o que ele não sabia, é que estava
|
| Sendo transformado num terrível monstro
|
| Mutante, meio homem, meio réptil, vítima
|
| De um poderoso laboratório multinacional
|
| Que não hesitou em arruinar sua vida para
|
| Conseguir seus maléficos intentos. |
| Os
|
| Cientistas haviam calculado tudo, mas o
|
| Que eles não sabiam era que aquele ser
|
| Disforme conservava parte de sua
|
| Consciência. |
| E logo todo seu poder se
|
| Transformou em fúria e violência sobre-humana
|
| Os cientistas foram os primeiros
|
| A conhecer sua ira. |
| Depois a cidade
|
| Estremeceria ao ouvir falar em
|
| Clara Crocodilo |